Monitoramento da Secretaria de Saúde mostrou “aumento importante da incidência de dengue em todas as regiões administrativas” em dezembro
O boletim epidemiológico mais recente divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF) mostrou aumento da incidência de casos de dengue em todas as regiões administrativas do Distrito Federal. O monitoramento, com dados de 1º de janeiro até 23 de dezembro de 2023, contabilizou 49.426 casos notificados e cinco mortes causadas pela doença.
O documento, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da SES-DF, alerta que “observou-se aumento importante da incidência de dengue em todas as RAs [regiões administrativas]” em dezembro. Duas cidades têm os números mais preocupantes: Brazlândia e Recanto das Emas.
Nessas regiões, os casos por 100 mil habitantes chegaram a 516,93 e 370,26, respectivamente, o que as transformou em cidades com alta incidência da doença. Também há alerta para Ceilândia, Cruzeiro, Estrutural, Gama, Lago Sul, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho, Taguatinga, Varjão e Vicente Pires, consideradas áreas de média incidência – as que registraram taxas entre 100 e 299,9 registros a cada 100 mil moradores.
Em todo o Distrito Federal, a SES-DF confirmou 439 casos com sinais de alarme e 16 graves. Do total de cinco vítimas que não resistiram à doença, duas eram crianças de até 9 anos; as outras três tinham mais de 50.
Em 2022, no mesmo período analisado, 13 pessoas morreram em decorrência da dengue. “A susceptibilidade ao vírus da dengue é universal; no entanto, fatores de risco individuais como idade, etnia, presença de comorbidades e infecção secundária podem determinar a gravidade da doença”, destacou o boletim da Divep.
“Crianças mais novas, particularmente, podem ser menos capazes do que adultos de compensar o extravasamento capilar [a perda de fluidos] e estão, consequentemente, em maior risco de choque por dengue”, alerta o boletim.
Ações de combate
A SES-DF tem atuado contra o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, por meio de ações como pulverização de fumacê nas regiões administrativas, manejo ambiental, controle químico, inspeções residenciais e investimento em tecnologias como armadilhas contra o inseto.
No entanto, a pasta lembra que a população também deve atuar, com remoção de objetos capazes de acumular água de áreas externas, a fim de evitar que esses recipientes se tornem depósito de ovos do mosquito – que também transmite o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya.
Para comunicar sobre a existência de focos de água parada perto de casa, basta ligar para o telefone 160. Além disso, durante a passagem do fumacê – que ocorre das 5h às 10h e das 17h30 às 22h –, a recomendação da Secretaria de Saúde é de que, ao ouvir o sinal sonoro, a população abra as portas e janelas dos imóveis para entrada do vapor.
Fonte: https://www.metropoles.com