Sazonalidade das doenças respiratórias: SBH alerta para os cuidados com as crianças

Bronquiolite viral aguda é uma das principais enfermidades e acomete, principalmente, crianças menores de 2 anos.

O Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH) alerta para o aumento expressivo dos casos de doenças respiratórias sazonais, que se intensificam entre os meses de janeiro e junho, afetando especialmente crianças pequenas, idosos e pessoas imunocomprometidas.

Entre essas doenças, destaca-se a bronquiolite viral aguda (BVA), principal causa de hospitalizações em pediatria durante este período. Causada principalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), a BVA acomete os bronquíolos – pequenas vias respiratórias dos pulmões – sendo mais grave em crianças menores de dois anos.

Atualmente, o Distrito Federal enfrenta alta ocupação dos leitos pediátricos e neonatais, tanto na rede pública quanto na privada, tornando a prevenção e o cuidado precoce fundamentais para evitar complicações.

“Esses vírus têm uma apresentação clínica muito semelhante, com sintomas como febre, tosse e obstrução nasal. A condução, na maioria dos casos, é sintomática, e a avaliação médica é essencial para decidir sobre a necessidade de internação e outras intervenções”, ressalta a superintendente do SBH, Danielle Feitosa.

Sintomas e sinais de alerta

A infecção geralmente inicia com sintomas de resfriado comum – coriza, febre baixa, tosse e irritabilidade. Em poucos dias, pode evoluir para um quadro mais grave, com respiração acelerada, chiado no peito, cansaço progressivo e até cianose (lábios arroxeados). A recomendação é procurar atendimento médico ao primeiro sinal de piora.

Avanço da medicina preventiva: nirsevimabe oferece nova esperança

Como resposta aos altos índices de internação por VSR, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incorporou, em fevereiro de 2025, o anticorpo monoclonal nirsevimabe ao Rol de Procedimentos da saúde suplementar.

Trata-se de uma profilaxia inovadora, que oferece proteção imediata contra o VSR, com uma única aplicação intramuscular. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o nirsevimabe é indicado para:

  • Todos os recém-nascidos e lactentes no primeiro ano de vida, preferencialmente administrado um mês antes ou durante a sazonalidade do VSR;
  • Crianças menores de dois anos com condições que as mantêm em risco elevado para doença grave pelo VSR, como doença pulmonar crônica da prematuridade, cardiopatias congênitas ou imunodeficiências.

A inclusão dessa tecnologia representa um avanço significativo na prevenção de quadros graves de bronquiolite, reduzindo a necessidade de internações e complicações respiratórias em bebês e crianças vulneráveis.

Na rede privada do DF, a medicação já está disponível com cobertura obrigatória pelos planos de saúde, conforme as Diretrizes de Utilização (DUT) da ANS. O custo estimado da dose, para pacientes particulares, é de aproximadamente R$ 3.600,00.

Políticas públicas em análise

Autoridades locais estão avaliando a ampliação do acesso ao nirsevimabe também na rede pública, com base em dados epidemiológicos. A adoção de medidas preventivas como essa pode ajudar a conter surtos, proteger grupos de risco e aliviar a pressão sobre os serviços de saúde.

O SBH reafirma seu compromisso com ações baseadas em evidências, colaborando com estratégias que assegurem proteção, qualidade de atendimento e equidade no acesso, especialmente para as populações infantis mais vulneráveis.

Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas – SBH

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